A marcha dos muares

Por:Lorena
Novidades

16

mar 2017

Veja uma abordagem simplificada acerca daquilo que se preconiza sobre o bom andamento do muar, bem como os apontamentos técnicos dentro de uma competição

Para a minha segunda Coluna no Portal InfoHorse, optei por discorrer sobre o andamento dos muares, mais especificamente sobre a marcha. De maneira conceitual, a marcha é um andamento natural, espontâneo, avante (picada ou batida), com deslocamentos alterados dos bípedes em diagonal ou lateral, intercalados com momentos de tríplice apoio. Nas provas podem participar tanto machos como fêmeas.

Durante as competições de marcha são avaliados os seguintes quesitos:
*Gestos de marcha – nada mais é do que a qualidade dos movimentos de anteriores,  posteriores e diagrama de apoios, característicos da marcha. Prioriza-se o movimento rolado dos membros anteriores e posteriores, flexionados na medida certa, sem exageros em suas articulações para movimentar seus membros. Nota-se nos anteriores a definição de um semi-círculo, apresentando movimento avante, com energia e total sintonia com seus posteriores. Seus jarretes com movimentos suaves, com progressão horizontal, na medida, nem rasteira, nem elevada demais.

*Comodidade – Qualidade na movimentação, fazendo com que o animal mantenha seu tronco estável, sem oscilações, para que não transmita nenhum impacto ou desconforto ao cavaleiro. Nada de “movimentos parasitas”, lateral ou frontal. Animal levemente apoiado em sua embocadura, com bom temperamento de sela, com disposição para andar, equilibrado em suas trocas de apoio, sempre com muita franqueza.

*Estilo – Nobreza em seus movimentos, total equilíbrio, harmonia, elegância e, sem dúvida, energia do começo ao fim.

*Rendimento – Usa-se um menor número de passadas para uma distância determinada. Característica indispensável para qualquer animal de sela: bom rendimento, com atitude, progressão e equilíbrio.

*Regularidade – Expressa pelo animal de marcha, é uma qualidade para se manter no mesmo ritmo e velocidade, sem alterar os demais quesitos, no decorrer da prova. Segue a mesma toada do início ao fim.

*Resistência –
O animal deve manter o mesmo ritmo, desempenho, energia e se mostrar íntegro no decorrer da prova.

*Equipamentos – É de livre escolha do cavaleiro o tipo de embocadura e o uso de esporas, por exemplo, desde que estes sejam usados adequadamente e não causem dano ao animal.

*Ferrageamento – Os animais podem participar ferrados ou desferrados. No caso de estarem ferrados, deverão ser iguais as ferraduras, não sendo permitido pesos diferentes de anteriores e posteriores. Nenhum tipo de recurso que altere a marcha dos animais é aceito.

*Itens desclassificatórios – Animais de má índole, que procurem morder, pular, escoicear e/ou até mesmo não permitam serem montados. Todo e qualquer tipo de sangramento. Esporas, barbelas e chicotes que firam o animal também são motivo de desclassificação. Problemas respiratórios e qualquer grau de claudicação (manqueira) compõem os demais itens desclassificatórios.

Em resumo, fiz uma abordagem simplificada acerca daquilo que se preconiza sobre a boa marcha do muar, bem como apontei os pontos negativos dentro de uma competição, sob a análise técnica do jurado. Reitero que o mercado do muar marchador está em franca expansão, haja vista que muitos negócios são feitos nas próprias copas de andamento e poeirões, além de vendas constantes em leilões especializados.

Um bom muar leva o homem ao progresso! Até a minha próxima Coluna! Deus o abençoe!

Fonte: https://www.infohorse.com.br/2017/03/14/a-marcha-dos-muares-2/


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